Uma boa alimentação na gestação
Hoje muito se fala sobre uma boa alimentação em qualquer faze de nos vida. E se queremos que nossos filhos tenham uma boa alimentação, ela tem que começar de nos primeiro.
Nós grávidas, ouvimos muito: Coma o que sentir vontade! Junta a ansiedade, que muitas vezes ronda a gestação e acabamos atacando tudo que vem pela frente! O que resulta? Quilos e quilos a mais!
Para evitar estes quilinhos a mais, devemos seguir uma dieta balanceada recomendada pelo médico.
CAFÉ DA MANHÃ
LANCHE
ALMOÇO
LANCHE
JANTAR
LANCHE
Procure comer esses alimentos saudáveis:
Grávida que come demais...
...tem filho que vive com fome. Descubra por que as futuras mamães podem financiar a obesidade nos seus descendentes
Por Hilda Sabino
Durante a gravidez, o bebê e a mãe constroem uma relação bem estreita. O feto cresce semana após semana e precisa dos nutrientes que a gestante ingere para que seu desenvolvimento ocorra sem percalços. Mas as mamães de primeira, segunda e outras viagens precisam dosar a quantidade e a qualidade do que consomem à mesa nessa jornada de nove meses. "Há cada vez mais evidências de que tanto carências quanto excessos alimentares durante a gestação são danosos à saúde infantil", diz a pediatra e nutróloga Fabíola Suano de São Paulo.
Quando a gestante abusa das garfadas e engorda acima do limite ideal, pode, sem perceber, patrocinar a obesidade no filho que carrega no ventre. "Mulheres que ganham quilos além da conta na gravidez geram bebês com maior volume de massa gorda", diz Fabíola. Para desvendar o que deixa a garotada fofa demais, pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, dividiram ratas prenhas em dois grupos: um alimentado com ração convencional e outro com ração à base de gordura e açúcar. Eles constataram que os filhotes da segunda ninhada, assim como as mães, preferiam comidas gordurosas. A explicação pode estar no cérebro, já que esses roedores apresentaram níveis maiores de receptores de dopamina, o neurotransmissor do prazer.
A atuação dessa substância é fundamental quando a criança deixa de mamar. "Para que entenda que precisa se alimentar, o bebê recebe estímulos cerebrais", explica o neurocientista Renato Sabbatini, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. "E esse é o papel da dopamina, que faz parte do sistema de recompensa e é produzida, entre outras situações, quando ingerimos lipídios e açúcar." Em quem come muita gordura, porém, a dopamina não trabalha direito. "A obesidade está relacionada a uma incapacidade natural de perceber os efeitos prazerosos do sistema de recompensa", diz o neurocientista Ivan de Araújo, da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Logo, se o pequeno nasce com mais receptores de dopamina, maior será sua necessidade de ingerir fontes do nutriente até conseguir se satisfazer.
Mas a influência da dieta da grávida no futuro do filho vai além do sistema de recompensa cerebral. Também usando ratos, cientistas da Universidade de São Paulo revelaram outro risco associado a maus hábitos alimentares na gestação. Dessa vez, o alvo foi á quantidade de sal ingerida no período de espera. Eles notaram que as pitadas a mais do condimento contribuíam para a ocorrência de hipertensão quando os filhotes se tornavam adultos. "O aumento da pressão arterial, no caso, é uma característica epigenética, ou seja, que passa da mãe para o filho sem alterar seu DNA", explica o clínico-geral Joel Cláudio Heimann, líder da investigação feita na USP.
O time de Heimann ainda verificou que, por sua vez, sal de menos no prato da grávida pode causar resistência à insulina, quando esse hormônio não dá conta de botar o açúcar para dentro das células. "Não esclarecemos por que isso acontece, mas uma das explicações é que, nessas condições, o fluxo de sangue diminui nos tecidos, prejudicando o trabalho da insulina", diz o Pesquisador.
Uma coisa é certa: a grávida deve ingerir fontes de dois nutrientes imprescindíveis nessa fase. Um deles é o ácido fólico. "Ele é essencial no desenvolvimento do tubo neural, estrutura que forma o cérebro e a medula espinhal", lembra a nutricionista Aline Zeidan, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. A suplementação dessa vitamina geralmente é prescrita na gravidez. Outra substância que não pode faltar é o ferro, já que previne a anemia. Ele é encontrado nos vegetais escuros no feijão e na carne vermelha; orienta Aline.
Fonte: Revista Saúde.
40% do sal de cozinha é composto por sódio: No mundo, a maioria das pessoas extrapola as recomendações para consumo diário da substância (Thinkstock)
Três em cada quatro adultos no mundo consomem cerca do dobro da quantidade diária de sódio recomendada pelos órgãos de saúde. Essa é a conclusão de um estudo apresentado nesta quinta-feira no encontro anual da Associação Americana do Coração, em Nova Orleans, Estados Unidos. Ainda segundo a pesquisa, o consumo excessivo de sal contribuiu para 2,3 milhões de mortes no mundo em 2010.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que não sejam consumidos mais do que dois gramas de sódio por dia — o que equivale a cinco gramas de sal (40% do sal é composto por sódio). Segundo essa nova pesquisa, a média de consumo de sódio entre adultos no mundo em 2010 foi de aproximadamente quatro gramas. As principais fontes de sódio são sal de cozinha, alimentos congelados e molhos ou temperos prontos.
O estudo levou em consideração 247 levantamentos sobre nutrição que fizeram parte do Global Burden of Diseases 2010 (Carga de Saúde Global 2010), pesquisa que avaliou as doenças e mortes em todo o mundo ao longo de 20 anos. Segundo o novo trabalho, os habitantes de 187 países, que representam 99% da população mundial, excedem as recomendações da OMS sobre ingestão diária de sódio.
Leia também: Medidas de restrição ao sal poderiam reduzir em até 3% as mortes por doenças cardiovasculares
Prejuízos — Os autores da pesquisa explicam que esses dados são preocupantes, pois o sal em excesso é responsável por causar uma série de problemas, como a hipertensão — que, hoje, é o maior fator de risco à saúde no mundo, de acordo com o Global Burden of Diseases. Além disso, a pressão alta pode desencadear doenças cardiovasculares, as principais causas de morte ao redor do mundo.
O mesmo levantamento indicou que o consumo excessivo de sal está relacionado a 2,3 milhões de mortes que ocorreram ao redor do mundo em 2010 em decorrência de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outras doenças associadas a esses problemas. Esse número representa 15% de todos os óbitos por essas causas.
O consumo de sódio do brasileiro não foge da média global. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil, consome-se cerca de 12 gramas de sal por dia — aproximadamente 4,8 gramas de sódio e mais do que o dobro do recomendado pela OMS. Uma pesquisa feita em 2012 pela Anvisa identificou um alto teor de sódio em grande parte dos alimentos vendidos no Brasil. O queijo parmesão ralado foi o campeão em teor de sódio — cada 100 gramas do produto tem, em média, 1.981 gramas de sódio, praticamente a quantidade máxima recomendada para o dia todo.
Os campeões de sódio
Queijo parmesão
O queijo parmesão ralado apresentou uma média de 1.981 miligramas de sódio por 100 gramas de alimento. Já o queijo em pedaços teve uma média de 1.402 miligramas de sódio por 100 gramas de alimento. A pesquisa da Anvisa chegou a encontrar produtos com 3.052 miligramas de sódio em 100 gramas do queijo.
Macarrão instantâneo
O produto tem, em média, 1.798 miligramas de sódio a cada 100 gramas de macarrão. A pesquisa da Anvisa chegou a encontrar produtos com 2.160 miligramas de sódio em 100 gramas do macarrão.
Mortadela
A mortadela normal apresentou uma média de 1.303 miligramas de sódio por 100 gramas de alimento. O teor de sódio da mortadela de frango também foi alto: 1.232 miligramas por 100 gramas do produto.
Maionese
Na maionese, a média de sódio por 100 gramas de produto é de 1.096 miligramas.
Bolachas
Bolachas e biscoitos de vários tipos apresentaram altos níveis de sódio. A média do nutriente em biscoitos de polvilho foi de 1.092 miligramas a cada 100 gramas do produto e, em biscoitos de água e sal, 741 miligramas por 100 gramas de bolacha. O programa de redução de sódio da Anvisa estabeleceu que os biscoitos salgados atinjam, no máximo, 699 miligramas por 100 gramas do alimento.
6 de 8
Salgadinho de milho
O produto apresentou uma média de 779 miligramas de sódio por 100 gramas de salgadinho. O programa de redução de sódio da Anvisa estabeleceu que os salgadinhos atinjam, no máximo, 747 miligramas por 100 gramas do alimento.
7 de 8
Hamburguer bovino
A Anvisa identificou que o produto tem, em média, 701 miligramas de sódio por 100 gramas de hamburguer.
Batata frita
Cada 100 gramas do alimento leva, em média, 624 miligramas de sódio.
Revista Veja.